18 de fev. de 2020

EU QUERO VER GOL!

"O gol é apenas um detalhe". Pouco antes do mundial de 94, Carlos Alberto Parreira falava de suas ideias sobre futebol e, em determinado momento da conversa, comentou que o gol era um detalhe dentre tantos que levam um time à vitória. Pois que 26 anos depois, o São Paulo se vê às voltas com este dilema filosófico posto pelo treinador campeão do mundo pela seleção brasileira.

A falta de vitórias em conjunto com a falta de efetividade do ataque tricolor vem deixando o torcedor de cabelo em pé. Diniz, o atual comandante da equipe, jogador não muito afeito a balançar as redes à época da polêmica declaração, já sinalizou no sentido de que a equipe precisa, e com urgência, melhorar sua pontaria. 

A análise parece óbvia, mas pode esbarrar num fator preponderante: a qualidade de quem arremata. Com Pablo cada vez mais distante do gol e Pato, a eterna e preguiçosa promessa, desperdiçando oportunidade atrás de oportunidade, surge a impressão de que a equipe sente falta de maior qualidade no último momento, a hora fatal, de empurrar a bola para dentro. 

Com tamanha falta de pontaria, comparações surgem e inevitavelmente ressuscitam à mente do torcedor ídolos (ou nem tão ídolos assim) que entendiam da arte de fazer gols, de definir jogadas, partidas, campeonatos... o São Paulo, fica cada dia mais evidente, não tem esse valor técnico disponível no elenco, o que pesa em favor do treinador no sentido de justificar a falta de resultados e que  fora vaiado no último domingo em clássico diante do rival Corinthians. 

A solução, ironicamente, pode estar na saída de um dos atacantes mais promissores do elenco. Antony, recém negociado com o Ajax, vai render boa grana aos cofres (usurpados pela péssima gestão "selo Leco de falta de qualidade") e pode abrir a possibilidade de reforçar o setor ofensivo da equipe, justamente na posição do pecado original, a de fazedor de gols por vocação. 

O próximo duelo, contra o Oeste no sábado de folia, é mais um teste para determinar o grau de necessidade deste novo atacante. Caso a equipe continue sofrendo para balançar a rede adversária, liga-se o alerta vermelho tendo em vista a proximidade do início da Libertadores já que é de se presumir que a competição continental tenha um nível mais elevado de dificuldade do que o modorrento Campeonato Paulista, o que sugere um poder de fogo aumentado.

Cedo, então, para apupar Diniz. O trabalho tem sido feito, tem rendido um padrão de jogo interessante e precisa de continuidade, além de compreensão e paciência, além de peças de maior qualidade. Que os bons ventos soprem em favor do nosso ataque neste sábado e haja chuva de gols pra lavar a alma do torcedor tricolor.

Bom carnaval a todos nós; usem camisinha e respeitem as minas!

23 de fev. de 2018

Professor bom é o que ensina, contribui e deixa legado...

De um desespero que se perpetua, cumulado com a audácia de alguns que se julgam os donos de uma nação, soou um pedido um tanto  inusitado e exótico: Luxa.

O que impulsiona um movimento pró alguém ou algo nem sempre é claro, mas pode ser observado um padrão no desenvolvimento das relações entre torcida "organizada" e  presidência. Na boa, que nem me lembro mais, há uma sincronia, há um bem comum;
na ruim, na falência administrativa, há a obscuridade, um silêncio velado que tem na sua essência algo incompatível com nosso São Paulo.

A incoerência no pedido é carta marcada. Luxa não tem a menor condição de ter a equipe sob seu guarda chuva... se limitou ao longo dos tempos. O São Paulo, que nada tem a ver com isso, não deve, sob qualquer hipótese, embarcar nessa aventura. Abraçar a ideia de quem vende um ideal não é o caminho. A torcida tricolor independente representa, junto ao nosso mandatário, o que há de pior em nossas últimas OITO temporadas.

Lançar aos canibais do desporto o atual treinador é vala comum, que atrai ainda mais a comunidade com interesses escusos, alheios ao interesses vossos, caro sofredor. Dorival não tem a menor ideia do que se passa nesse meio e vai sofrer, como tantos outros, à queda.

No fim, quando a sorte mal dizer, seremos dezenas, centenas, milhares à lamentar, à chorar mais um ano improdutivo e sem efeito. O clube padece de gente que se importe única e exclusivamente com a instituição, com seu torcedor. Nos poupe.

23 de jan. de 2018

Quem é Cueva?

Caros, se alguém lhe diz que é importante, que é peça chave de uma engrenagem, por certo que isto lhe dará certo orgulho, um ar diferenciado dentro do ambiente. Pois o atual camisa 10 da equipe excedeu o limite do razoável.

Diante da necessidade, criou um fato que gerou mais um problema ao time. A escassez de talentos, combinada à falta de verba, fragilizou a equipe a ponto de se parecer, entendam, apenas PARECER que o São Paulo Futebol Clube depende deste jogador. Ledo engano, companheiro, o clube, por sua grandeza e história não se ressente de qualquer jogador, ter ou não a vontade de atuar com esta camisa é mero detalhe do ponto de vista da instituição, você é um mero detalhe.

Alegar ser incompatível sua capacidade com o banco de reservas afronta toda uma estrutura presente ao seu ambiente de trabalho. O atleta não tem sequer a simpatia da grande massa, no sentido de ter dado algo ao clube, ter agregado, acrescido, nuca receberá a alcunha de ídolo; não tem comprometimento, profissionalismo e muito menos carisma para tal.

Um pedido, então, faz o Blog à diretoria: encarem a situação sob o prisma de nossa grandeza. Trate o atleta a maneira como ele tentou conduzir e forçar situação. Que no fim, o São Paulo Futebol Clube é um universo que não se pode mensurar, já o jogador que desdenha não tem sequer um átomo presente a este universo que faça com que seja lembrado ao longo dos próximos anos.


5 de jan. de 2018

A 2018

Ano novo, vida nova... a expressão é das mais antigas e não traduz a prévia de um ano que parece ser, novamente, desastroso pelos lados do Morumbi. Claro, voltar das férias e profetizar o caos não é o intuito da nossa primeira prosa, mas não é das tarefas mais fáceis.

40 dias e 40 noites, o tempo de pausa deste blog, não foram suficientes para estancar a sangria promovida por quem dirige nosso futebol, nosso São Paulo. A esperança de voltar aos trabalhos com notícias novas (e boas!) desceram a ladeira logo no terceiro dia útil do ano. Hernanes vai, Pratto quer ir, Cueva não aparece, e a única contratação até o momento aconteceu para uma posição em que não necessitávamos.

Reclamar, reclamar, reclamar. Deixando de lado este muro de lamentações, botemos, pois, um pouco de esperança nos caras de Cotia. Tem copinha rolando e a equipe, carente de recurso, deve se utilizar de algumas peças da base para compor o elenco ou, quem sabe, promover um novo futuro astro (oremos).

Alento também podemos encontrar no principal jogador da última temporada, nós mesmos, a torcida que mais esteve presente ao longo do ano de 2017, inclusive de espírito. Se prepare torcedor tricolor, 18 será mais uma sofrido e o São Paulo, mais do que nunca, vai precisar de você.

Feliz 2018, NAÇÃO TRICOLOR!

25 de nov. de 2017

DIO5 LUGANO

Não à toa, Don Diego Lugano é dos principais ídolos da história do clube. Falar da técnica não é lá a melhor forma para descrevê-lo como tal, mas a integridade, lealdade e, sobretudo, o respeito pelo manto tricolor fazem do camisa 5 um dos ícones pós moderno de um dos maiores clubes do planeta.

A capacidade de transpor paradigmas parece inesgotável, mesmo que o comum não consiga identificar novas forma de surpreender, ele conseguiu novamente. Ao ser questionado sobre uma suposta festa de despedida, bradou ao vento que jamais aceitaria tal honraria, não se enxerga ao tamanho de outros gigante, como o M1TO, Raí e tantos outros; refutou tal ideia. 

Capitão ao longo da temporada, mesmo que mal entrando em campo, foi fundamental por recompor o elenco e chacolhar a rapaziada que, dado o péssimo momento, afundava junto à nau tricolor rumo à segunda divisão do Campeonato Brasileiro. 

Pelo Blog, merece uma despedida digna de um grande ídolo, mas é de se respeitar tal posição. Louvável, pois, tal atitude que vem de encontro ao que o torcedor são paulino carrega com relação ao zagueiro, campeão mundial: Respeito a instituição, aos ídolos e, sobretudo, ao torcedor. 


14 de nov. de 2017

[OFF] Sempre azar da Copa

Há uma contradição permeando o esporte bretão ao longo dos últimos meses. As eliminatórias para a Copa da Rússia serviram de parâmetro para determinar quem gosta de fato de bola e quem gosta de participar do contexto futebol apenas como um simples oba oba.

Argentina, Itália, Holanda... países que amassaram o pão durante as eliminatórias e provaram o que o diabo tem de melhor a dar. Nossos hermanos sufocaram e quase sucumbiram à má campanha. Sorte que há Messi; sorte deles; sorte nossa; sorte da Copa. 

Buffon, de triste despedida, deu adeus à squadra azzurra da forma mais melancólica possível, não conseguiu ser genial a ponto de colocar a tetra campeã em mais uma disputa mundial, não faz gol, não dribla... uma pena. Seu choro pós eliminação, da dor de se perder um rebento, vem coincidir com a tremenda falta que a figura lendária, presente à 5 Copas, fará. Azar da Copa.

Canários, fãs ou não da seleça, que assistiram a tudo e todos de camarote, inalaram a confusão e se debateram expondo prós e contras para que craques não fossem ao mundial, formulando teorias esdrúxulas, rixas descabidas e até contos históricos inexistentes a fim de justificar tal ponto de vista que, convenhamos, não convence ninguém a ponto de desejarmos excluir um craque digno de Copa do Mundo da própria Copa do Mundo.

Torcer para que gigantes não possam desfilar por gramados russos beira a heresia, trata do assunto quem não respira a arte da bola, do drible, do gol. O ônibus parado à entrada da zaga sueca assegurou a vaga para a gelada Rússia, mas fez perder um pouco do encanto, isolar o calor que os grandes transmitem. Perdeu o torcedor, perdeu a Itália, perdeu a Copa do Mundo
.



7 de nov. de 2017

Alívio

Há seis rodada do fim, o São Paulo alçou vôo para bem longe da série B e acabou com o sonho dos rivais de verem gravado o nome de um gigante ao lado dos seus, no fundo do poço.
Com Hernanes novamente inspirado, a equipe se portou como deve, impondo seu ritmo e acuando o adversário, virtualmente rebaixado. Com uma defesa sólida, não tomou sustos e conseguiu a terceira vitória consecutiva neste Brasileirão.
A Libertadores surge ao horizonte e ainda pode ser alcançada para salvar o ano do torcedor que mais sofreu e apoiou ao longo de toda a temporada. Torcida esta que mais uma vez mostrou que consegue carregar o clube da fé nas costas. Encheu o setor que lhe fora destinado em Goiânia e novamente deu show nas arquibancadas.
O Pacaembu, local do próximo encontro, deve novamente estar lotado e pode ser palco de mais uma arrancada histórica. À torcida são paulina, todos os louros, pois esta retomada é especialmente sua, que apoiou, sofreu e vibrou. Só não esqueçamos dos problemas e cobremos os responsáveis ao fim da competição, para que um ano tão tenso como o que finda não se repita jamais.